Depois de estudarmos os 22 arcanos maiores, seguimos para os menores que, por possuir a estrutura básica do baralho de jogos, já me era familiar. Aprendi na minha família de católicos não praticantes o que cada símbolo das cartas significava nos jogos: ouro, paus, copas e espadas. Associá-las aos elementos terra, fogo, água e ar foi o primeiro passo, seguido de conhecimentos básicos de numerologia. As figuras da corte completam o intenso estudo das 78 cartas do tarô de Marselha.

Durante as aulas de tiragem conhecemos algumas das formas mais difundidas, mas aqui fica claro: não se prendam ao método. Ele é importante, mas não existe “certo” ou “errado”. Se a mão é a direita, ou a esquerda, se as cartas são embaralhadas de um jeito ou de outro. Contanto que a decisão seja previamente definida. Só não vale mudar a função da posição da carta depois de o jogo tirado.

Qualquer pessoa pode interpretar as cartas, desde que se prepare e há também os autodidatas. Mas o curso te dá a vantagem de, além de ouvir os relatos de alguém com mais experiência, no caso da professora Luiza Papaleo, com mais de 20 anos de leituras, trocar impressões com outras pessoas que estão em um nível parecido de conhecimento que o seu.

Uma coisa que a Luiza repetia muita em aula: “se não gosta de gente, se não tem curiosidade sobre o ser humano, não faz sentido ser tarólogo”. Não estamos em tempos fáceis para curtir o ser humano, eu sei, mas se começar por gostar de você mesmo e quiser se investigar, já é um primeiro passo.

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